Quem nos achou
4 de junho de 2016A importância da escrita
4 de junho de 2016Jamais uma palavra surgiu tão rapidamente e ganhou tanta força como esta. Apesar de ser, hoje em dia, alvo de estudos e discussões acaloradas, este fenômeno não é recente. Portugal e Espanha o iniciaram há séculos. Mais tarde, o Império Britânico mostrou possuir meios de levar à metrópole produtos e informações dos mais diversos cantos do globo. Era lento, caro e limitado o processo, todavia não podemos negá-lo já naquela época.
O fenômeno da globalização ou mundialização, como os europeus, às vezes, o denominam, ou ainda a internacionalização, como querem outros, ganhou forças neste século, ao final dos anos setentas. Nada mais coerente para um período de mudanças profundas em todos os setores.
Todo movimento dessa ordem gera controvérsias, opiniões contrárias e a favor. Quem defende a globalização? Quem a vê como algo negativo? Pontos de vista não nos faltam. O certo é que algo assim não poderia ser analisado apenas de um determinado ângulo. Quem lucraria, de fato, com esta nova maneira de interação dos povos? Muitos acreditam que apenas os países desenvolvidos, o que provocaria um verdadeiro abismo entre as nações. Nos países pobres, levaria a uma verdadeira exclusão social sem tamanho – desemprego em massa e maior distância entre ricos e pobres.
Outros ainda afirmam que a globalização eliminaria as particularidades culturais dos povos da terra. Verdade? Este é um fenômeno econômico e, ao mesmo tempo, cultural, sem dúvida. Mas deixariam os chineses de fazer uso dos palitos ao se alimentarem porque experimentaram os sanduíches do Mcdonald’s? Além disso, curiosamente, a globalização dos mercados tem construído tendências em sentido oposto. Culturas de minorias étnicas, regionais muitas vezes, ganham mercado em termos de música e literatura. Alguns aproveitam esta deixa para apregoar que em pouco tempo não haverá mais diferenças culturais entre os países, que as culturas locais tendem a acabar. Cabe, neste caso, ao povo resistir, como já resistiram no passado, à chegada do rádio e da televisão.
No entanto, os olhos da maioria estão voltados mais especificamente para a produção industrial e à exportação de produtos e capitais. Aí se concentram as maiores críticas. A conseqüência lógica: a exploração da mão-de-obra. Mas isto existe desde tempos imemoriais, não é um fenômeno recente.
Por outro lado, existe a idéia caricatural de que a globalização se manifesta através dos hábitos individuais de consumo, deixando de lado a visão de conjunto. Adquirir, em um supermercado, um queijo suíço é ser globalizado? Falar vários idiomas ou ter morado em diversas regiões do mundo, ou simplesmente conhecê-las, seria suficiente para globalizar-se?
Uma coisa é certa: o capitalismo é a veia de sustentação dessa tendência mundial. Não há como dela escapar. Como um processo de seleção natural, quem não se adaptar às novas regras do jogo, sucumbirá.
O fenômeno da globalização ou mundialização, como os europeus, às vezes, o denominam, ou ainda a internacionalização, como querem outros, ganhou forças neste século, ao final dos anos setentas. Nada mais coerente para um período de mudanças profundas em todos os setores.
Todo movimento dessa ordem gera controvérsias, opiniões contrárias e a favor. Quem defende a globalização? Quem a vê como algo negativo? Pontos de vista não nos faltam. O certo é que algo assim não poderia ser analisado apenas de um determinado ângulo. Quem lucraria, de fato, com esta nova maneira de interação dos povos? Muitos acreditam que apenas os países desenvolvidos, o que provocaria um verdadeiro abismo entre as nações. Nos países pobres, levaria a uma verdadeira exclusão social sem tamanho – desemprego em massa e maior distância entre ricos e pobres.
Outros ainda afirmam que a globalização eliminaria as particularidades culturais dos povos da terra. Verdade? Este é um fenômeno econômico e, ao mesmo tempo, cultural, sem dúvida. Mas deixariam os chineses de fazer uso dos palitos ao se alimentarem porque experimentaram os sanduíches do Mcdonald’s? Além disso, curiosamente, a globalização dos mercados tem construído tendências em sentido oposto. Culturas de minorias étnicas, regionais muitas vezes, ganham mercado em termos de música e literatura. Alguns aproveitam esta deixa para apregoar que em pouco tempo não haverá mais diferenças culturais entre os países, que as culturas locais tendem a acabar. Cabe, neste caso, ao povo resistir, como já resistiram no passado, à chegada do rádio e da televisão.
No entanto, os olhos da maioria estão voltados mais especificamente para a produção industrial e à exportação de produtos e capitais. Aí se concentram as maiores críticas. A conseqüência lógica: a exploração da mão-de-obra. Mas isto existe desde tempos imemoriais, não é um fenômeno recente.
Por outro lado, existe a idéia caricatural de que a globalização se manifesta através dos hábitos individuais de consumo, deixando de lado a visão de conjunto. Adquirir, em um supermercado, um queijo suíço é ser globalizado? Falar vários idiomas ou ter morado em diversas regiões do mundo, ou simplesmente conhecê-las, seria suficiente para globalizar-se?
Uma coisa é certa: o capitalismo é a veia de sustentação dessa tendência mundial. Não há como dela escapar. Como um processo de seleção natural, quem não se adaptar às novas regras do jogo, sucumbirá.