América
4 de junho de 2016Diferença entre ensinar e educar
4 de junho de 2016A terceira pesquisa realizada no País sobre analfa¬betismo funcional mostra que 75% da população não consegue ler e escrever plenamente. O nú-mero inclui os analfabetos abso¬lutos - sem nenhuma habilidade de leitura e escrita - e aqueles considerados analfabetos fun¬cionais, que têm dificuldades para compreender e interpretar textos. Os dados foram divulga¬dos pelo Instituto Paulo Montenegro - o braço social do Ibope -, que desde 2001 faz es¬sa avaliação bienalmente.
A pesquisa foi feita com duas mil pessoas. Deste total, 7% são analfabetos, 30% têm nível rudimentar de albetização (só conseguem ler títulos ou frases e localizar informações explícitas num texto). Outros 38% têm nível básico: lêem textos curtos, localizam informações explícitas ou que exi¬jam pequena conclusão. O índi¬ce de alfabetismo funcional (Inaf) avalia pessoas entre 15 anos - idade em que se termina o fundamental - e 64 anos.
"A escolaridade aumentou entre 2001 e 2005, mas não ga¬rantiu resultados efetivos na aprendizagem", diz Vera Mazagão, secretária-executiva da ONG Ação Educativa, que colaborou com a pesquisa. Entre pessoas com um a três anos de estudo, 26% são analfabetos e 58% têm nível rudimentar de alfabetização. Na faixa entre quatro e sete anos de estudo formal, 4% são analfabetos, 42% têm nível rudimentar e 44% têm nível básico.
Os números mudaram pouco em quatro anos. Apenas o grupo que está no nível 2 de alfabetismo teve crescimento significati¬vo, passando de 34% para 38%. Fazem parte dele pessoas que são capazes de ler textos curtos e localizam apenas informações explícitas. Para o secretário executivo do instituto, Fábio Montenegro, esse aumento reflete o esforço de universalizar o ensi¬no fundamental no País. Com os oito anos de estudo, algumas ha¬bilidades já são consolidadas.
O nível l, chamado de rudimentar, porque tem a capacida¬de de ler títulos e frases isoladas, se manteve na faixa dos 30%, como nos outros anos. Também como em 2001, 26% dos brasileiros estão no grupo dos que apresentam plenas ha¬bilidades de leitura e escrita. O alfabetismo funcional é medido há pouco tempo no mundo. O conceito foi definido pela Unesco no fim da década de 70 e engloba aqueles que conse¬guem utilizar a leitura e escrita para se inserir plenamente na sociedade e compreender a rea¬lidade. A Unesco pretende lan¬çar em 2006 um exame mun¬dial para identificar analfabetos funcionais.
ÍNDICE EMPRESARIAL - O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) também contabiliza os analfabetos fun¬cionais no Brasil, mas sem ava¬liação. Desde os anos 90, quem tem menos de quatro anos de estudos passou a fazer parte desse grupo. A prova realizada pelo insti¬tuto tem 20 questões. São apli¬cados também questionários sobre situação familiar, esco¬lar e práticas de leitura e escri¬ta. A entidade também já reali¬zou duas avaliações para me¬dir habilidades de matemática da população. Os resultados mostraram que brasileiros in¬capazes de escrever conse¬guem fazer contas sem uso de calculadoras.
O Instituto Paulo Montenegro lança este ano o índice de analfabetismo funcional empresa¬rial. A ferramenta poderá ser usada pelo próprio departamen-to de recursos humanos da empresa interessada, gratuitamen¬te. "Muitas pessoas que estão empregadas não conseguem es¬crever um e-mail, entender me¬morandos ou cursos de capacitação", diz Montenegro. "Elas camuflam essa deficiência e is-so prejudica a produtividade da empresa".
Um piloto do método deve ser aplicado ainda este mês. Há variações de avaliações já pron¬tas para os setores siderúrgico, automobilístico, petroquímico, papel e celulose e alimentos. Com os resultados, o instituto pretende ajudar as empresas a resolverem o problema. "É pre¬ciso investir em rodas de leitura, bibliotecas. Isso vai melhorar a auto-estima dos funcionários e fazer com que colaborem mais com a empresa".
A pesquisa foi feita com duas mil pessoas. Deste total, 7% são analfabetos, 30% têm nível rudimentar de albetização (só conseguem ler títulos ou frases e localizar informações explícitas num texto). Outros 38% têm nível básico: lêem textos curtos, localizam informações explícitas ou que exi¬jam pequena conclusão. O índi¬ce de alfabetismo funcional (Inaf) avalia pessoas entre 15 anos - idade em que se termina o fundamental - e 64 anos.
"A escolaridade aumentou entre 2001 e 2005, mas não ga¬rantiu resultados efetivos na aprendizagem", diz Vera Mazagão, secretária-executiva da ONG Ação Educativa, que colaborou com a pesquisa. Entre pessoas com um a três anos de estudo, 26% são analfabetos e 58% têm nível rudimentar de alfabetização. Na faixa entre quatro e sete anos de estudo formal, 4% são analfabetos, 42% têm nível rudimentar e 44% têm nível básico.
Os números mudaram pouco em quatro anos. Apenas o grupo que está no nível 2 de alfabetismo teve crescimento significati¬vo, passando de 34% para 38%. Fazem parte dele pessoas que são capazes de ler textos curtos e localizam apenas informações explícitas. Para o secretário executivo do instituto, Fábio Montenegro, esse aumento reflete o esforço de universalizar o ensi¬no fundamental no País. Com os oito anos de estudo, algumas ha¬bilidades já são consolidadas.
O nível l, chamado de rudimentar, porque tem a capacida¬de de ler títulos e frases isoladas, se manteve na faixa dos 30%, como nos outros anos. Também como em 2001, 26% dos brasileiros estão no grupo dos que apresentam plenas ha¬bilidades de leitura e escrita. O alfabetismo funcional é medido há pouco tempo no mundo. O conceito foi definido pela Unesco no fim da década de 70 e engloba aqueles que conse¬guem utilizar a leitura e escrita para se inserir plenamente na sociedade e compreender a rea¬lidade. A Unesco pretende lan¬çar em 2006 um exame mun¬dial para identificar analfabetos funcionais.
ÍNDICE EMPRESARIAL - O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) também contabiliza os analfabetos fun¬cionais no Brasil, mas sem ava¬liação. Desde os anos 90, quem tem menos de quatro anos de estudos passou a fazer parte desse grupo. A prova realizada pelo insti¬tuto tem 20 questões. São apli¬cados também questionários sobre situação familiar, esco¬lar e práticas de leitura e escri¬ta. A entidade também já reali¬zou duas avaliações para me¬dir habilidades de matemática da população. Os resultados mostraram que brasileiros in¬capazes de escrever conse¬guem fazer contas sem uso de calculadoras.
O Instituto Paulo Montenegro lança este ano o índice de analfabetismo funcional empresa¬rial. A ferramenta poderá ser usada pelo próprio departamen-to de recursos humanos da empresa interessada, gratuitamen¬te. "Muitas pessoas que estão empregadas não conseguem es¬crever um e-mail, entender me¬morandos ou cursos de capacitação", diz Montenegro. "Elas camuflam essa deficiência e is-so prejudica a produtividade da empresa".
Um piloto do método deve ser aplicado ainda este mês. Há variações de avaliações já pron¬tas para os setores siderúrgico, automobilístico, petroquímico, papel e celulose e alimentos. Com os resultados, o instituto pretende ajudar as empresas a resolverem o problema. "É pre¬ciso investir em rodas de leitura, bibliotecas. Isso vai melhorar a auto-estima dos funcionários e fazer com que colaborem mais com a empresa".