Literatura
A literatura é sem dúvida a mais fantástica das manifestações artísticas. E basicamente o que a difere das demais formas de arte é o que poderíamos chamar de “suas matérias-primas”: a palavra e a imaginação.
Com ela tomamos o quase nada e o transformamos em tudo.
- Gilberto Martins
4 de junho de 2016
Li certa vez um texto supostamente escrito por uma turista holandesa, no qual ela fazia uma verdadeira apologia ao Brasil. Por que motivo alguém vindo de tão distante se preocuparia com algo desta natureza? Talvez pelo simples fato de termos por aqui algumas coisas que só não nos chamam a atenção porque estamos acostumados a elas.
4 de junho de 2016
O homem, ao longo de sua história, abriu caminho, literalmente, a machado e serra elétrica, em busca de seu progresso. A princípio os fins justificam os meios. Justificavam. Hoje, diante da situação de miséria que se descortina diante de nós, chegamos à conclusão de que algo emergencial precisa ser feito. Mas a quem caberia tal responsabilidade? Devamos aguardar que de reuniões como a Rio + 10 surjam soluções concretas e eficazes, ou cada um de nós, a nosso modo, deve agir?
4 de junho de 2016
Vivemos em uma época de mudanças profundas. É a sociedade quebrando tabus, a ciência quebrando barreiras, até então inimagináveis. Enquanto isso, buscamos ganhar espaço, avançando em todas as direções, estendendo nossos braços com o intuito de enlaçar o que se encontra à nossa volta. O que se espera em um momento como este é que se erga a cabeça e que se dê passos largos e firmes. Quem quer ir adiante, não olha para o chão, mira o horizonte.
4 de junho de 2016
A língua portuguesa, sem dúvida alguma, é uma das mais ricas do mundo. Mais rica e mais complacente, pois aceita com uma generosidade quase materna os novos falares, os estrangeirismos, as invencionices e achaques populares. No entanto, nenhuma estrutura “forçou tanto a barra” nos últimos tempos para se instalar no seio de nosso mais importante tesouro quanto a expressão estar ando, endo, indo e ondo. Ela por si só já é uma agressividade aos ouvidos de quem tem um mínimo conhecimento da língua portuguesa, contudo o que mais nos tem assustado é quanto a quem a apregoa aos quatro ventos. Normalmente são pessoas com um certo padrão de escolaridade e envolvidos principalmente com a educação. Esta gente que deveria estar ajudando a levar aos jovens estudantes o que é certo em se tratando de expressão oral, pode estar causando um dano irreparável aos nossos jovens alunos.
4 de junho de 2016
A tarde era uma das mais frias daquele mês de agosto naquela região do Rio Grande do Sul. A tropa, apesar de acostumada a longas caminhadas e ao rigor do tempo, demonstravam já sinais claros de cansaço. Mesmo assim, os animais seguiam valentes em direção norte. Lá adiante, no horizonte aonde o céu vem se encontrar com a terra, o sol caminhava lento em direção ao outro lado do mundo. O entardecer era um dos momentos mais frios do dia. Mesmo estropiadas pelas semanas de viagem, a passos lentos, como se arrastassem estrada afora, as dezenas de mulas mostravam-se resignadas. Era preciso chegar. Mas qual seriam o seu destino, e o destino daquelas mercadorias que levavam em seus lombos?
4 de junho de 2016
Para falar a verdade, jamais havia ido a uma fazenda. O que conhecia, deste mundo, tinha visto pela televisão, através de algumas novelas ou de filme americanos. Para mim, aquilo era um universo de fantasia, definitivamente, não existia de verdade. Nunca imaginei um mundo sem energia elétrica, sem computadores, sem televisão.
Meu avô, que sempre vinha à cidade nos visitar, passava horas contando histórias de sua época de menino, de suas aventuras em companhia dos irmãos e primos. Curiosamente, como bom narrador que era, sempre prendia a minha atenção e de alguns amigos que, com freqüência, estavam lá
Meu avô, que sempre vinha à cidade nos visitar, passava horas contando histórias de sua época de menino, de suas aventuras em companhia dos irmãos e primos. Curiosamente, como bom narrador que era, sempre prendia a minha atenção e de alguns amigos que, com freqüência, estavam lá
4 de junho de 2016
Nossa história começa em um dia de muita chuva.
Nós, que vivemos em cidades, muitas vezes nos aborrecemos com a chuva, pois ela nos impede de fazer um monte de coisas. Ela provoca engarrafamentos, alaga as ruas, inunda, infelizmente, as casas de muita gente, nos impede de ir a certos lugares. Mas, para quem vive nas regiões distantes no interior do Brasil, nas zonas rurais, ela tem uma função importantíssima: ela é responsável pela vida de muita gente. Sem ela não há colheita, sem colheita, não há alimentos e assim por diante.
Nós, que vivemos em cidades, muitas vezes nos aborrecemos com a chuva, pois ela nos impede de fazer um monte de coisas. Ela provoca engarrafamentos, alaga as ruas, inunda, infelizmente, as casas de muita gente, nos impede de ir a certos lugares. Mas, para quem vive nas regiões distantes no interior do Brasil, nas zonas rurais, ela tem uma função importantíssima: ela é responsável pela vida de muita gente. Sem ela não há colheita, sem colheita, não há alimentos e assim por diante.
4 de junho de 2016
Deixe-me ver — pediu o fotógrafo, saindo do banheiro ainda enxugando a cabeça depois de quase meia hora de banho. — Desculpe a modéstia, mas seu amigo aqui sabe muito como tirar fotos, não sabe?
— Não deveria ter dito nada. É só um elogiozinho e você já fica todo cheio de si.
— Não é preciso nada disto. Sei do meu talento com esta coisa! — exclamou Marcos com a máquina fotográfica na mão e exibindo um sorriso que lhe era característico.
— Devo me render. Estas realmente ficaram, diríamos assim, acima da média.
— Não deveria ter dito nada. É só um elogiozinho e você já fica todo cheio de si.
— Não é preciso nada disto. Sei do meu talento com esta coisa! — exclamou Marcos com a máquina fotográfica na mão e exibindo um sorriso que lhe era característico.
— Devo me render. Estas realmente ficaram, diríamos assim, acima da média.